GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL: A DEPENDÊNCIA DOS REPASSES FINANCEIROS INTERGOVERNAMENTAIS FRENTE AO PACTO FEDERATIVO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
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Data
2018-10-11Autor
Lara, Camila Vieira Lourenço
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No presente trabalho, foram explorados aspectos relativos às responsabilidades atribuídas aos
municípios brasileiros a partir do pacto federativo advindo da Constituição federal de 1988. O
objetivo do trabalho é apresentar as dificuldades enfrentadas pelos municípios mineiros,
considerando a dependência dos repasses financeiros intergovernamentais, a partir da
descentralização advinda do pacto federativo da CF de 1988. Para isso, foram definidos como
objetivos específicos: Apresentar o desafio da dependência dos repasses financeiros
intergovernamentais enfrentado pelos municípios mineiros; levantar dificuldades que os
municípios enfrentam frente à dependência financeira dos Estados e da União; e apresentar
críticas ao pacto federativo, e apresentar sugestões para possíveis melhorias da situação vivida
pelos municípios frente à questão da dependência financeira. O trabalho busca discutir
importantes temas relacionados às questões municipais como o poder local, a implementação
de políticas públicas, a dependência crônica das transferências intergovernamentais, a
qualidade na administração, entre outros. Ademais, discute-se a discrepância na capacidade de
arrecadação de tributos entre os entes da federação, e busca-se perceber se essa capacidade
arrecadatória é compatível às responsabilidades apresentadas na CF de 1988. A presente
pesquisa é uma pesquisa descritiva, qualitativa, com o objetivo de descrever as características
do fenômeno estudado. Além da revisão de literatura sobre o tema, foram realizados
levantamentos documentais em artigos e periódicos, teses de mestrado e doutorado, entre
outros. Na análise dos dados coletados e considerações finais, percebe-se a dependência
financeira das transferências intergovernamentais por parte dos municípios causa ineficiência
arrecadatória e comodismo, e induz preguiça fiscal. É possível ver o efeito perverso da
dependência das transferências, pois ao não arrecadar seus próprios impostos, os municípios
não geram desenvolvimento econômico. Também se sugere que o sistema de transferências
intergovernamentais seja revisado, de forma que os municípios não sejam induzidos a
permanecer dependentes do Fundo de Participação dos Municípios, mas que tenham iniciativa
de buscar recursos próprios.