CIBERCULTURA: linguagem digital e a influência da tecnologia na aprendizagem
Resumo
A presente investigação dedicou-se a fazer uma revisão de literatura, buscando refletir a respeito da cibercultura e a linguagem digital, e como o processo de construção do saber se desenvolve na atual sociedade da informação. O Método de pesquisa adotado no presente trabalho foi de caráter teórico e investigativo. A pesquisa foi realizada através de uma leitura crítica de artigos científicos e de literatura especializada de autores como: Lúcia Santaella (2010), Vani Moreira Kenski (2012), Pierry Lévy (1999), (1993), dentre outros pesquisadores que se dedicam a estudar tal temática. Importante ressaltar que ficou evidenciado que ,mais do que ter um conhecimento técnico como usuário e consumidor, os indivíduos na sociedade tecnológica precisam fomentar uma cultura digital. Ou seja, um sistema desenvolvido a partir da própria cultura, do suporte técnico e do conhecimento da técnica. Considerando a perspicácia e o papel da tecnologia digital na educação, pode-se inferir que é indispensável aos seus agentes um conhecimento que extrapola ao do uso de suportes técnicos em sala de aula. Entende-se aqui que o uso das tecnologias em educação é muito mais do apropriar-se das mesmas como meras ferramentas didáticas, é mais do que um caráter instrumental. Sendo assim, no processo ensino e aprendizagem é substancial o entendimento que a sociedade sofreu uma metamorfose e a educação precisa assimilar tal transformação cultural. Na Era digital, os Nativos Digitais percebem e relacionam-se com o mundo que o cerca de forma dinâmica e interativa. Porém, é necessário não somente possibilitar aos estudantes explorar interfaces técnicas (como a das linguagens de programação ou de uso de ferramentas e apps variados de edição de áudio, vídeo, imagens, de realidade aumentada, de criação de games, gifs, memes, infográficos etc.), mas também interfaces críticas e éticas que lhes permitam tanto triar e curar informações como produzir o novo com base no existente (BNCC, 2018, p.497). É inevitável a influência direta que a linguagem digital exerce sobre o ensino, por conseguinte, é imprescindível que o docente se alinhe com as novas propostas pedagógicas. E, sobretudo, depreenda que a competência digital não implica apenas em ações instrumentais de uso dos artefatos tecnológicos. “Para ser um letrado digital é também necessário desenvolver capacidades que permitam compreender e dominar a linguagem codificada e subjacente à cibercultura” (LÉVY, 1999).