RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADE PEDAGÓGICA COM USO DE SMARTPHONES NO ENSINO DE DIREITO DO TRABALHO
Resumo
Este é o relato de uma experiência pedagógica que teve por escopo estimular o aprendizado de
Saúde e Segurança do Trabalho, durante aulas de Ética e Cidadania Organizacional, por meio
de práticas pedagógicas marcadas pelo protagonismo do aluno e pelo uso de smartphones
como instrumentos de apoio didático para pesquisa exploratória. O referencial teórico adotado
– quanto aos aspectos pedagógicos do projeto – tem fulcro na proposta da Pedagogia
Empreendedora, de Fernando Dolabela. Os sujeitos envolvidos foram os alunos do segundo
módulo do Curso Técnico em Farmácia da ETEC "Prof. José Ignácio Azevedo Filho", que
participaram das atividades didáticas propostas pelo autor do presente estudo, que é professor
na referida unidade escolar. Sob orientação do docente, realizaram-se atividades didáticas –
protagonizadas pelos alunos – relativas a pesquisa exploratória sobre riscos à saúde e
segurança ocupacional verificados no próprio ambiente escolar. Os alunos utilizaram
smartphones para coletar registros visuais dos riscos identificados, refletindo sobre as
imagens e propondo soluções práticas. Obteve-se uma resposta positiva dos alunos, que
agiram como protagonistas das atividades, assumindo atitudes colaborativas e papéis de
liderança em cada etapa de desenvolvimento das atividades práticas propostas. Assim, as
ações e interações desenvolvidas estimularam e propiciaram o protagonismo educacional, de
forma que os alunos descobriram-se responsáveis pelas respectivas evoluções pessoais, ao
mesmo tempo em que a interação propiciava a evolução do próprio grupo social no qual
estavam inseridos, sempre utilizando o apoio de mídias na educação - especialmente
smartphones. Conclui-se que as atividades propostas demonstraram ser possível a construção
de novas formas de ensino jurídico, novos modelos, nos quais os recursos didáticos sejam
diversificados e o aluno possa protagonizar o processo educacional, o que não diminui ou
torna dispensável o papel do professor, que continua tendo papel ativo e grande importância
no processo educacional, mas passa reconhecer o caráter dialético da educação, rompendo
assim com o paradigma da pedagogia tradicional.